sexta-feira, 5 de maio de 2017

O diálogo da arrogância contra o sofrimento alheio

Udalia Nucrécia:
- Amadeu, deixe de ser ignorante! Nada no mundo é pior que doença!!!! Por favor!!! Deixa de se fazer de vítima!! Tudo na vida são consequências!!! Inclusive a doença!!!!

Amadeu Vitorino:
- Udalia, mais uma vez você se equivoca. Jamais você me viu e nunca vai me ver assumindo a condição de vítima!
Pelo contrário, eu costumo ser protagonista e sair na frente. Quando vocês ficam sabendo dos problemas, eu já os resolvi.
Não se iluda também, pensando que "nada é pior que a doença". Há sim, coisas na vida bem por que a doença. E ao contrário do que você diz, a doença geralmente é causa e não consequência.
A doença pode ser um desafio, uma pausa forçada por Deus para que a pessoa reflita. Pode ser uma oportunidade para que as pessoas (doentes e familiares) possam reavaliar eventuais erros e se redimir perante Deus, enquanto buscam a cura.
Já a morte é definitiva! É a sentença final condenatória. Ainda que o condenado, muitas vezes, seja quem fica vivo, pra que este aprenda a entender o valor que as pessoas têm e, assim, pare de provocar, de implicar, de fofocar e prejudicar os outros. Para que deixe de contribuir para sacrificar filhos alheios, sob o disfarce da pseudo proteção, fazendo de conta que está ajudando, enquanto apunhala pelas costas.
Eu só te pedi pra você não agir assim, porque dessa forma você não está sendo compreensiva diante dos meus problemas. Parece até que você quer ser a campeã! Parece que quer que os seus problemas sejam os mais importantes e mais merecedores da atenção dos outros. Mas isso não é bom! Problemas pessoais não podem ser objeto de competição, pra ver quem tem o maior. Assim, você vai atrair pra si cada vez mais problemas mais graves, na ilusão de que a solidariedade e o afeto dos outros compense isso.
Me acusar de estar me "fazendo de vítima" é só uma tática que você adota para desqualificar e fazer pouco caso dos problemas pelos quais os meus filhos passam e, assim, se manter na frente, merecendo mais atenção dos outros.

Interessante! Há anos eu compartilho essas situações com, no mínimo, 1.800 pessoas, por outros canais. No entanto, só aqui eu encontro esse tipo de "combate" e de tentativa de inverter a responsabilidade. Por que será?

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Como um rio

Eu sou desses rios teimosos, esperneantes!...
Sabe por que? Porque eu fico insistindo em fazer as coisas darem certo e em conquistar aquilo que acho que consigo e mereço. Mesmo quando não dá nada certo, eu teimo, começo de novo...
Eu também tenho a mania de me orgulhar das minhas conquistas, de mostrar o que eu sei fazer de bom, de mostrar e exibir os meus filhos, os meus amigos, enfim, de mostrar as coisas boas que eu sei, que eu sou e que eu faço. 

Sabe por que? Porque eu tenho orgulho dessas coisas e porque eu acho que as pessoas que eu amo merecem ver. Todo mundo gosta de ver coisas boas.
Cada um pode escolher entre conquistar o ostracismo e o esquecimento ou conquistar o sucesso. Eu escolhi esta última alternativa, mesmo sabendo que esta exige muita coragem e requer habilidades, mesmo sabendo que eu não tenho muitas habilidades.
Eu acredito que quem faz opção por conquistar o sucesso, ainda que nunca consiga plenamente, se sente mais realizado na vida. Sucesso é o reconhecimento, a valorização, o aplauso, o prestígio, o carinho de quem gosta do que a gente faz, do que a gente é.
Mas eu sabia desde o começo que, para conseguir algum êxito nesse caminho escolhido, tem-se que saber fazer coisas bacanas, divertidas, curiosas, interessantes. Isso não é fácil! A vantagem é que, quando se sabe fazer coisas assim, costuma-se dizer que a pessoa domina a arte de viver, que é um artista da vida. São aqueles popularmente chamadas de PESSOAS QUE SABEM VIVER! É por isso que acho que essas pessoas devem mostrar o que sabem fazer, pois o que é bom deve ser mostrado, o que é bom é pra ser visto...
Quem não quer conquistar o sucesso? Há quem diga que não! Mas, particularmente, eu acredito que a maioria, na verdade, diz isso como forma de camuflar alguma frustração, uma espécie de disfarce, tipo homem muito feio dizendo que não namora porque não suporta as garotas, tipo a raposa dizendo que não gosta de uvas (lembram da parábola?).
Convenhamos! Afinal, ter o valor, o reconhecimento, o prestígio e o carinho das pessoas é muito bom! O contrário disso deve ser terrível.
Eu não sei fazer quase nada bacana, divertido, curioso ou interessante. Mas o pouquinho que eu sei, acho que vale a pena mostrar. Uns gostam, outros não. Há também uns que gostam, mas fingem que não. Mas tudo bem. Eu terei feito a minha parte. E como tudo o que eu faço, faço bem feito, ainda que não tenha agradado um ou outro, isso já me faz sentir muito bem.
Se, pelo contrário, eu tivesse optado pelo ostracismo, certamente eu seria triste, deprimido. Talvez eu fosse um ermitão, um hippie, um andarilho, até mesmo um alcoólatra, pois tudo o que eu faço, faço bem feito. Mas, nesse caso, eu não seria feliz.
Por outro lado, eu gosto de saber das pessoas que eu amo, que eu admiro, enfim, de todo mundo que sabe fazer coisas bacanas, divertidas, curiosas, interessantes. Não só por causa dessas coisas que elas fazem, mas também porque pessoas assim me atraem, as vezes me cativam e até me deixam fascinados. Por isso eu os acompanho, gosto de saber deles, de ter notícias e vivo torcendo para que eles tenham cada vez mais sucesso, mais seguidores, mais admiradores.
Eu sou assim com o Paul McCartney, com o Roberto Carlos, com o Elvis Presley, com os meus filhos, com a Samara, com meus sobrinhos, meus irmãos, meus cunhados, meus primos, meus amigos todos. Eu sou a plateia deles, porque eu sei que isso faz bem pra eles. Da mesma forma eu quero conquistar alguma plateia, nem que seja de uma pessoa só, porque isso me faz bem também.
Eu gosto também de falar pros meus amigos sobre os meus tombos, meus fracassos e minhas frustrações. Não porque eu acho que isso os agrada, mas porque me faz bem e me alivia dividir o sofrimento, as provações e os revezes da vida e, também, porque as pessoas que me amam se sentirão honrados pela confiança depositada, além de, muitas vezes, me ajudarem a superar.