Sabe
por que? Porque eu fico insistindo em fazer as coisas darem certo e em
conquistar aquilo que acho que consigo e mereço. Mesmo quando não dá nada
certo, eu teimo, começo de novo...
Eu também tenho a mania de me
orgulhar das minhas conquistas, de mostrar o que eu sei fazer de bom, de
mostrar e exibir os meus filhos, os meus amigos, enfim, de mostrar as coisas
boas que eu sei, que eu sou e que eu faço.
Sabe por que? Porque eu tenho orgulho dessas coisas e porque eu acho que as
pessoas que eu amo merecem ver. Todo mundo gosta de ver coisas boas.
Cada um pode escolher entre
conquistar o ostracismo e o esquecimento ou conquistar o sucesso. Eu escolhi
esta última alternativa, mesmo sabendo que esta exige muita coragem e requer
habilidades, mesmo sabendo que eu não tenho muitas habilidades.
Eu acredito que quem faz opção
por conquistar o sucesso, ainda que nunca consiga plenamente, se sente mais
realizado na vida. Sucesso é o reconhecimento, a valorização, o aplauso, o
prestígio, o carinho de quem gosta do que a gente faz, do que a gente é.
Mas eu sabia desde o começo que,
para conseguir algum êxito nesse caminho escolhido, tem-se que saber fazer
coisas bacanas, divertidas, curiosas, interessantes. Isso não é fácil! A
vantagem é que, quando se sabe fazer coisas assim, costuma-se dizer que a
pessoa domina a arte de viver, que é um artista da vida. São aqueles
popularmente chamadas de PESSOAS QUE SABEM VIVER! É por isso que acho que essas
pessoas devem mostrar o que sabem fazer, pois o que é bom deve ser mostrado, o
que é bom é pra ser visto...
Quem não quer conquistar o
sucesso? Há quem diga que não! Mas, particularmente, eu acredito que a maioria,
na verdade, diz isso como forma de camuflar alguma frustração, uma espécie de
disfarce, tipo homem muito feio dizendo que não namora porque não suporta as
garotas, tipo a raposa dizendo que não gosta de uvas (lembram da parábola?).
Convenhamos! Afinal, ter o valor,
o reconhecimento, o prestígio e o carinho das pessoas é muito bom! O
contrário disso deve ser terrível.
Eu não sei fazer quase nada
bacana, divertido, curioso ou interessante. Mas o pouquinho que eu sei, acho
que vale a pena mostrar. Uns gostam, outros não. Há também uns que gostam, mas
fingem que não. Mas tudo bem. Eu terei feito a minha parte. E como tudo o que
eu faço, faço bem feito, ainda que não tenha agradado um ou outro, isso já me
faz sentir muito bem.
Se, pelo contrário, eu tivesse
optado pelo ostracismo, certamente eu seria triste, deprimido. Talvez eu fosse
um ermitão, um hippie, um andarilho, até mesmo um alcoólatra, pois tudo o que
eu faço, faço bem feito. Mas, nesse caso, eu não seria feliz.
Por outro lado, eu gosto de saber
das pessoas que eu amo, que eu admiro, enfim, de todo mundo que sabe fazer
coisas bacanas, divertidas, curiosas, interessantes. Não só por causa dessas
coisas que elas fazem, mas também porque pessoas assim me atraem, as vezes me
cativam e até me deixam fascinados. Por isso eu os acompanho, gosto de saber
deles, de ter notícias e vivo torcendo para que eles tenham cada vez mais
sucesso, mais seguidores, mais admiradores.
Eu sou assim com o Paul
McCartney, com o Roberto Carlos, com o Elvis Presley, com os meus filhos, com a
Samara, com meus sobrinhos, meus irmãos, meus cunhados, meus primos, meus
amigos todos. Eu sou a plateia deles, porque eu sei que isso faz bem pra eles. Da
mesma forma eu quero conquistar alguma plateia, nem que seja de uma pessoa só,
porque isso me faz bem também.
Eu gosto também de
falar pros meus amigos sobre os meus tombos, meus fracassos e minhas
frustrações. Não porque eu acho que isso os agrada, mas porque me faz bem e me
alivia dividir o sofrimento, as provações e os revezes da vida e, também,
porque as pessoas que me amam se sentirão honrados pela confiança depositada,
além de, muitas vezes, me ajudarem a superar.
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